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sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Cartaz relatando um escravo fugido, 1854.

Entre os séculos XVI e XIX cerca de 3 milhões de pessoas foram trazidas para o Brasil como escravas. Elas pertenciam a dezenas de grupos étnicos do continente africano. Entre essas nações estavam os afantis, axantis, jejes, peuls, hauças (ou malês) e os nagôs (iorubás), todos vindos de regiões pertencentes hoje a Guiné e Sudão. Já os provenientes de Angola e do Congo eram das etnias cabindas, caçanjes, muxicongos, monjolos, rebolos etc.

O fato é que diversas pessoas foram separadas de seus grupos para servirem como escravos nas Américas. No Brasil, os escravos estavam mais presentes na agricultura; no cultivo para a exportação, na cana-de-açúcar, algodão, café e fumo, mas também foram utilizados para serviços domésticos.

Uma vez nas lavouras, os escravos sofriam diversos tratamentos violentos, principalmente quando em época de grande colheita; sofrendo castigos físicos que iam desde açoite no tronco, até cortar pedaços dos corpos (orelhas eram mais frenquentemente cortadas). Tudo isso fazia com que as pessoas escravizadas promovessem fugas; algumas delas resultavam na formação dos quilombos, cujo maior e mais famoso foi o Quilombo dos Palmares.

No caso, o cartaz mostra um negro que havia fugido no ano de 1854 na província do Rio de Janeiro.

Texto de Talita Lopes Cavalcante
Administração Imagens Históricas

Cartaz "Crioulo fugido; desde o dia 18 de outubro de 1854, de nome Fortunato". Rio de Janeiro, Laemmert, 1854.
Cartaz. 26,5 cm x 16 cm.

Fonte:

- "Para uma história do negro no Brasil". Acervo Digital da Biblioteca Nacional. Disponível em <<http://objdigital.bn.br/acervo_digital/div_iconografia/icon1104317/icon1104317.pdf>>. Acessado em: 31 jul. 2013.

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