SEJA BEM-VINDO

Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena,
Acreditar nos sonhos que se tem,
Ou que seus planos nunca vão dar certo,
Ou que você nunca vai ser alguém...
(MAIS UMA VEZ-LEGIÃO URBANA)

sábado, 25 de maio de 2013

Jair Rodrigues, Elis Regina, Gilberto Gil e Edu Lobo na "Passeata contra a guitarra elétrica" (1967).

Em 17 de julho de 1967, com o suposto objetivo de "defender o que é nosso" contra a invasão da música estrangeira, foi organizada em SP a "Passeata da Música Popular Brasileira", mais conhecida como: "Passeata contra a Guitarra Elétrica".

Ícone maior do rock, a guitarra acabou virando um símbolo da difusão da cultura norte americana na década de 60 no Brasil. Muitos artistas, críticos musicais e até a diretoria da TV Record, que promovia festivais de música brasileira, identificaram na guitarra a grande vilã contra a sobrevivência da MPB. Foi a própria emissora quem organizou a passeata, mas por trás da iniciativa, estaria o lançamento de um novo programa de MPB – mais agravante, a Record tinha no programa da “Jovem Guarda” uma de suas maiores atrações, e neste, o instrumento foi largamente usado.

Chico Buarque não participou. Caetano Veloso, amigo de Gil, conta no documentário "Uma noite em 67" que ele também não foi à passeata, mas assistiu a tudo do Hotel Danúbio ao lado de Nara Leão.

– Acho isso muito esquisito, ele teria dito.
Nara devolveu:
– Esquisito, Caetano? Isso aí é um horror! Parece manifestação do Partido Integralista. É fascismo mesmo.

Recentemente, Caetano afirmou que a passeata foi uma “farsa do dono da estação de TV”. No documentário citado, diversos músicos afirmam que a passeata contra a guitarra elétrica se revela hoje um movimento infantil, bobalhão, ou mesmo "idiota", como definiu Sérgio Cabral. Mas fato é que, naquele momento o movimento conseguiu reunir e mobilizar um bom n° de artistas e populares.

Texto de Rafael Gota
Administração Imagens Históricas

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Jair Rodrigues, Elis Regina, Gilberto Gil e Edu Lobo na "Passeata contra a guitarra elétrica" (1967).

Em 17 de julho de 1967, com o suposto objetivo de "defender o que é nosso" contra a invasão da música estrangeira, foi organizada em SP a "Passeata da Música Popular Brasileira", mais conhecida como: "Passeata contra a Guitarra Elétrica".

Ícone maior do rock, a guitarra acabou virando um símbolo da difusão da cultura norte americana na década de 60 no Brasil. Muitos artistas, críticos musicais e até a diretoria da TV Record, que promovia festivais de música brasileira, identificaram na guitarra a grande vilã contra a sobrevivência da MPB. Foi a própria emissora quem organizou a passeata, mas por trás da iniciativa, estaria o lançamento de um novo programa de MPB – mais agravante, a Record tinha no programa da “Jovem Guarda” uma de suas maiores atrações, e neste, o instrumento foi largamente usado. 

Chico Buarque não participou. Caetano Veloso, amigo de Gil, conta no documentário "Uma noite em 67" que ele também não foi à passeata, mas assistiu a tudo do Hotel Danúbio ao lado de Nara Leão.

– Acho isso muito esquisito, ele teria dito.
Nara devolveu:
– Esquisito, Caetano? Isso aí é um horror! Parece manifestação do Partido Integralista. É fascismo mesmo.

Recentemente, Caetano afirmou que a passeata foi uma “farsa do dono da estação de TV”. No documentário citado, diversos músicos afirmam que a passeata contra a guitarra elétrica se revela hoje um movimento infantil, bobalhão, ou mesmo "idiota", como definiu Sérgio Cabral. Mas fato é que, naquele momento o movimento conseguiu reunir e mobilizar um bom n° de artistas e populares. 

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