O meteorito de Bendegó, o maior meteorito brasileiro, e em sua descoberta, o maior do mundo.
O Meteorito de Bendegó é o maior meteorito brasileiro já encontrado. Foi achado em 1784 por um menino chamado Bernardino da Mota Botelho enquanto cuidava do gado de sua família, seu pai Joaquim da Motta Botelho ao saber do achado, informou as autoridades da época sobre a grande pedra encontrada.
O governador da Bahia, acreditando que se tratava de uma pedra composta de ouro e prata, encarregou o Capitão-Mor de Itapicurú, Bernardo Carvalho da Cunha a trazê-la para a capital Salvador. A tentativa fracassou porque a carroça que levava o meteorito despencou desfiladeiro abaixo até o leito do riacho de Bendegó, onde foi abandonada, por não possuir meios de retirá-la de lá.
Em 1810, o químico A. F. Mornay, contratado pelo governo da Bahia para investigar fontes de água mineral, visitou o local, retirou amostras para análise, vindo a constatar mais tarde que o artefato era um meteorito de verdade, composto de ferro e 6,5% de níquel. 73 anos depois, o professor Orville Derby, do Museu Nacional, tomando conhecimento do meteorito contatou o engenheiro da Estrada de Ferro Inglesa (British Rail Road), que em breve alcançaria o ponto mais próximo ao meteorito, ou seja, cerca de 100 km de distância, em terrenos montanhosos. Contudo, os custos do transporte estariam bem acima das possibilidades do Museu.
Foi apenas em 1886, por intermédio de D. Pedro II, quando este tomou conhecimento do fato pela Academia de Ciências de Paris, durante uma visita à França, que se organizou uma operação para retirada do meteoro para o RJ. O Imperador chamou o Sr. José Carlos de Carvalho, um oficial aposentado da Guerra do Paraguai, primo do engenheiro da Estrada de Ferro Inglesa contatado por Derby anos antes. Informando-se das possibilidades do transporte, José Carlos de Carvalho procurou apoio da Sociedade Brasileira de Geografia, a qual tomou todas as providências para que o transporte fosse efetuado. A Sociedade encarregou-se, principalmente, da parte financeira, conseguida por intermédio de um generoso patrocínio do Barão de Guahy. E assim organizou-se uma expedição contando com quase 100 homens para a realização do trabalho, e que foi largamente documentada por José Carlos de Carvalho.
A chegada da Comissão com o meteorito à Corte do Rio de Janeiro foi um evento que contou com a presença da Princesa Isabel (1846-1921), e grande cobertura da imprensa. No Arsenal de Marinha foi feito um corte para estudo de 60 kg, que posteriormente foi enviado para 14 museus do mundo. Ainda no Arsenal foi confeccionada uma réplica em madeira para representar o meteorito no Pavilhão do Brasil na Exposição Universal de Paris em 1889.
Neste período, o meteorito de Bendegó era até então o maior meteorito já encontrado e documentado no mundo. 10 anos depois foi encontrado nos EUA um ainda maior. Atualmente, o maior meteorito já caído na terra, e que devido ao seu tamanho ainda não foi removido, é o "Hoba", encontrado na Namibia em 1920. Para os curiosos, o Bendegó se encontra exposto na entrada do Museu Nacional, no RJ, na Quinta da Boa Vista.
Texto Rafael Gota.
Admistração Imagens Históricas
Foto: Acervo Museu Nacional
O meteorito de Bendegó, o maior meteorito brasileiro, e em sua descoberta, o maior do mundo.
O Meteorito de Bendegó é o maior meteorito brasileiro já encontrado. Foi achado em 1784 por um menino chamado Bernardino da Mota Botelho enquanto cuidava do gado de sua família, seu pai Joaquim da Motta Botelho ao saber do achado, informou as autoridades da época sobre a grande pedra encontrada.
O governador da Bahia, acreditando que se tratava de uma pedra composta de ouro e prata, encarregou o Capitão-Mor de Itapicurú, Bernardo Carvalho da Cunha a trazê-la para a capital Salvador. A tentativa fracassou porque a carroça que levava o meteorito despencou desfiladeiro abaixo até o leito do riacho de Bendegó, onde foi abandonada, por não possuir meios de retirá-la de lá.
Em 1810, o químico A. F. Mornay, contratado pelo governo da Bahia para investigar fontes de água mineral, visitou o local, retirou amostras para análise, vindo a constatar mais tarde que o artefato era um meteorito de verdade, composto de ferro e 6,5% de níquel. 73 anos depois, o professor Orville Derby, do Museu Nacional, tomando conhecimento do meteorito contatou o engenheiro da Estrada de Ferro Inglesa (British Rail Road), que em breve alcançaria o ponto mais próximo ao meteorito, ou seja, cerca de 100 km de distância, em terrenos montanhosos. Contudo, os custos do transporte estariam bem acima das possibilidades do Museu.
Foi apenas em 1886, por intermédio de D. Pedro II, quando este tomou conhecimento do fato pela Academia de Ciências de Paris, durante uma visita à França, que se organizou uma operação para retirada do meteoro para o RJ. O Imperador chamou o Sr. José Carlos de Carvalho, um oficial aposentado da Guerra do Paraguai, primo do engenheiro da Estrada de Ferro Inglesa contatado por Derby anos antes. Informando-se das possibilidades do transporte, José Carlos de Carvalho procurou apoio da Sociedade Brasileira de Geografia, a qual tomou todas as providências para que o transporte fosse efetuado. A Sociedade encarregou-se, principalmente, da parte financeira, conseguida por intermédio de um generoso patrocínio do Barão de Guahy. E assim organizou-se uma expedição contando com quase 100 homens para a realização do trabalho, e que foi largamente documentada por José Carlos de Carvalho.
A chegada da Comissão com o meteorito à Corte do Rio de Janeiro foi um evento que contou com a presença da Princesa Isabel (1846-1921), e grande cobertura da imprensa. No Arsenal de Marinha foi feito um corte para estudo de 60 kg, que posteriormente foi enviado para 14 museus do mundo. Ainda no Arsenal foi confeccionada uma réplica em madeira para representar o meteorito no Pavilhão do Brasil na Exposição Universal de Paris em 1889.
Neste período, o meteorito de Bendegó era até então o maior meteorito já encontrado e documentado no mundo. 10 anos depois foi encontrado nos EUA um ainda maior. Atualmente, o maior meteorito já caído na terra, e que devido ao seu tamanho ainda não foi removido, é o "Hoba", encontrado na Namibia em 1920. Para os curiosos, o Bendegó se encontra exposto na entrada do Museu Nacional, no RJ, na Quinta da Boa Vista.
Texto Rafael Gota.
Admistração Imagens Históricas
Foto: Acervo Museu Nacional
O Meteorito de Bendegó é o maior meteorito brasileiro já encontrado. Foi achado em 1784 por um menino chamado Bernardino da Mota Botelho enquanto cuidava do gado de sua família, seu pai Joaquim da Motta Botelho ao saber do achado, informou as autoridades da época sobre a grande pedra encontrada.
O governador da Bahia, acreditando que se tratava de uma pedra composta de ouro e prata, encarregou o Capitão-Mor de Itapicurú, Bernardo Carvalho da Cunha a trazê-la para a capital Salvador. A tentativa fracassou porque a carroça que levava o meteorito despencou desfiladeiro abaixo até o leito do riacho de Bendegó, onde foi abandonada, por não possuir meios de retirá-la de lá.
Em 1810, o químico A. F. Mornay, contratado pelo governo da Bahia para investigar fontes de água mineral, visitou o local, retirou amostras para análise, vindo a constatar mais tarde que o artefato era um meteorito de verdade, composto de ferro e 6,5% de níquel. 73 anos depois, o professor Orville Derby, do Museu Nacional, tomando conhecimento do meteorito contatou o engenheiro da Estrada de Ferro Inglesa (British Rail Road), que em breve alcançaria o ponto mais próximo ao meteorito, ou seja, cerca de 100 km de distância, em terrenos montanhosos. Contudo, os custos do transporte estariam bem acima das possibilidades do Museu.
Foi apenas em 1886, por intermédio de D. Pedro II, quando este tomou conhecimento do fato pela Academia de Ciências de Paris, durante uma visita à França, que se organizou uma operação para retirada do meteoro para o RJ. O Imperador chamou o Sr. José Carlos de Carvalho, um oficial aposentado da Guerra do Paraguai, primo do engenheiro da Estrada de Ferro Inglesa contatado por Derby anos antes. Informando-se das possibilidades do transporte, José Carlos de Carvalho procurou apoio da Sociedade Brasileira de Geografia, a qual tomou todas as providências para que o transporte fosse efetuado. A Sociedade encarregou-se, principalmente, da parte financeira, conseguida por intermédio de um generoso patrocínio do Barão de Guahy. E assim organizou-se uma expedição contando com quase 100 homens para a realização do trabalho, e que foi largamente documentada por José Carlos de Carvalho.
A chegada da Comissão com o meteorito à Corte do Rio de Janeiro foi um evento que contou com a presença da Princesa Isabel (1846-1921), e grande cobertura da imprensa. No Arsenal de Marinha foi feito um corte para estudo de 60 kg, que posteriormente foi enviado para 14 museus do mundo. Ainda no Arsenal foi confeccionada uma réplica em madeira para representar o meteorito no Pavilhão do Brasil na Exposição Universal de Paris em 1889.
Neste período, o meteorito de Bendegó era até então o maior meteorito já encontrado e documentado no mundo. 10 anos depois foi encontrado nos EUA um ainda maior. Atualmente, o maior meteorito já caído na terra, e que devido ao seu tamanho ainda não foi removido, é o "Hoba", encontrado na Namibia em 1920. Para os curiosos, o Bendegó se encontra exposto na entrada do Museu Nacional, no RJ, na Quinta da Boa Vista.
Texto Rafael Gota.
Admistração Imagens Históricas
Foto: Acervo Museu Nacional
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