Amizades da infância
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Temos o direito de interferir na escolha dos amigos de nossos filhos?
Por Ana Kessler 21/mai 11:32
Tem
uma expressão da qual eu gosto muito, que se diz quando se acaba de
conhecer alguém com quem a empatia é imediata: “Esse é o meu mais novo
amigo de infância”. Quer dizer que a energia entre as duas pessoas é tão
boa que vai durar ou a gente espera que dure a vida toda.
Pois a Ana Bia, do alto dos seus 8 anos, tem o privilégio de possuir amizades duradouras. Pessoinhas que, como ela, não esquecem os bons momentos passados juntas. Muito pelo contrário, cultivam as lembranças e quando têm oportunidade correm uma para os braços da outra, como a Chloe e a Malu, duas queridas que ela conhece desde pequenina e que reencontrou no Rio de Janeiro, onde passamos o fim de semana. Foi uma alegria só!
A Chloe é filha de um casal de amigos meus, amicíssimos. Já a Malu foi colega desde a creche e acabei me tornando amiga da mãe dela, a Isa. Graças à ligação entre nós, mães, as filhas continuam interagindo, mesmo separadas por centenas de quilômetros, morando em cidades diferentes. Infelizmente, no dia a dia corrido a gente esquece ou não dá muito atenção ao fato de que mais importante do que ter amigos é ter bons amigos. Deveríamos estar sempre antenados para esse detalhe.
Crianças saudáveis, positivas, que riem, divertem-se, sabem dar e receber, que aprenderam a discernir o certo do errado, pois foram educadas por pessoas de bem, podem até brigar de vez em quando, mas carregam em si boas intenções. Já aquelas problemáticas ou maquiavélicas ou mesmo invejosas, sem limites, carentes de atenção e educação, que não foram bem orientadas pelos seus responsáveis ou estão abandonadas à própria sorte, criadas por babás e afins como muitas nesses tempos modernos, estas vão descontar a raiva e o desamor que sentem em outras crianças. E uma delas pode ser seu filhote.
Não acho certo uma mãe escolher as amizades do filho, pois um adulto carrega em si preconceitos que pode jogar sobre os ombros da criança e esta, em princípio inocente e pura, pode reproduzi-los inadvertidamente. Sou a favor de que a Bia explore esse campo livremente e tenha contato com todos os tipos de crianças, das mais variadas personalidades, credos, raças, classes sociais e, a partir de como se sente, escolha para ter por perto aquelas que lhe fazem feliz. Mas confesso que às vezes é difícil não interferir.
Jamais achei que, como mãe, eu me pegaria dizendo coisas como “É melhor você se afastar da Fulana, ela não é uma boa amiga”, como muitas vezes ouvi da minha própria mãe e achava um preconceito absurdo. Mas a Bia tem sofrido bullying horríveis na escola (que vou dividir aqui com vocês em outro texto) e procuro orientá-la para que repense em suas amizades ou, pelo menos, se afaste de quem a maltrata. E valorize quem a trata bem.
Amigos são a melhor parte da infância. Com eles aprendemos a dividir os brinquedos, exercitamos a humildade ao perder no jogo e a vontade de lutar para vencer na próxima vez, a respeitar as regras estabelecidas pelo grupo, a cooperar pelo bem de todos, a pensar no coletivo, a praticar a capacidade de amar e sermos amados. São os amigos que vão nos ajudar a lenta transformação do que seremos no futuro.
É fato que brincar é tão importante para a criança quanto trabalhar é para o adulto. As brincadeiras são a estrada para a evolução. Por isso, se tento não interferir nos desafetos para que a Bia aprenda a administrá-los, por outro lado dou aquela forcinha para que ela conviva com crianças do bem. Meninas como a Malu e a Chloé, que mesmo distantes, alimentam o coração da Bia com muito, muito amor.
E você, o que acha dos pais interferirem na escolha das amizades dos filhos?
Pois a Ana Bia, do alto dos seus 8 anos, tem o privilégio de possuir amizades duradouras. Pessoinhas que, como ela, não esquecem os bons momentos passados juntas. Muito pelo contrário, cultivam as lembranças e quando têm oportunidade correm uma para os braços da outra, como a Chloe e a Malu, duas queridas que ela conhece desde pequenina e que reencontrou no Rio de Janeiro, onde passamos o fim de semana. Foi uma alegria só!
A Chloe é filha de um casal de amigos meus, amicíssimos. Já a Malu foi colega desde a creche e acabei me tornando amiga da mãe dela, a Isa. Graças à ligação entre nós, mães, as filhas continuam interagindo, mesmo separadas por centenas de quilômetros, morando em cidades diferentes. Infelizmente, no dia a dia corrido a gente esquece ou não dá muito atenção ao fato de que mais importante do que ter amigos é ter bons amigos. Deveríamos estar sempre antenados para esse detalhe.
Crianças saudáveis, positivas, que riem, divertem-se, sabem dar e receber, que aprenderam a discernir o certo do errado, pois foram educadas por pessoas de bem, podem até brigar de vez em quando, mas carregam em si boas intenções. Já aquelas problemáticas ou maquiavélicas ou mesmo invejosas, sem limites, carentes de atenção e educação, que não foram bem orientadas pelos seus responsáveis ou estão abandonadas à própria sorte, criadas por babás e afins como muitas nesses tempos modernos, estas vão descontar a raiva e o desamor que sentem em outras crianças. E uma delas pode ser seu filhote.
Não acho certo uma mãe escolher as amizades do filho, pois um adulto carrega em si preconceitos que pode jogar sobre os ombros da criança e esta, em princípio inocente e pura, pode reproduzi-los inadvertidamente. Sou a favor de que a Bia explore esse campo livremente e tenha contato com todos os tipos de crianças, das mais variadas personalidades, credos, raças, classes sociais e, a partir de como se sente, escolha para ter por perto aquelas que lhe fazem feliz. Mas confesso que às vezes é difícil não interferir.
Jamais achei que, como mãe, eu me pegaria dizendo coisas como “É melhor você se afastar da Fulana, ela não é uma boa amiga”, como muitas vezes ouvi da minha própria mãe e achava um preconceito absurdo. Mas a Bia tem sofrido bullying horríveis na escola (que vou dividir aqui com vocês em outro texto) e procuro orientá-la para que repense em suas amizades ou, pelo menos, se afaste de quem a maltrata. E valorize quem a trata bem.
Amigos são a melhor parte da infância. Com eles aprendemos a dividir os brinquedos, exercitamos a humildade ao perder no jogo e a vontade de lutar para vencer na próxima vez, a respeitar as regras estabelecidas pelo grupo, a cooperar pelo bem de todos, a pensar no coletivo, a praticar a capacidade de amar e sermos amados. São os amigos que vão nos ajudar a lenta transformação do que seremos no futuro.
É fato que brincar é tão importante para a criança quanto trabalhar é para o adulto. As brincadeiras são a estrada para a evolução. Por isso, se tento não interferir nos desafetos para que a Bia aprenda a administrá-los, por outro lado dou aquela forcinha para que ela conviva com crianças do bem. Meninas como a Malu e a Chloé, que mesmo distantes, alimentam o coração da Bia com muito, muito amor.
E você, o que acha dos pais interferirem na escolha das amizades dos filhos?
Melhor Avaliados
21/mai 16:50
23/mai 14:42
Na
infância, tive uma professora de Matemática que dizia assim: "se uma
laranja podre sentar ao lado de uma laranja boa, com o tempo, vai
estragar a laranja boa".
Infelizmente é assim mesmo.
Tento não interferir ou escolher os amigos do meu filho.
Mas sempre deixo bem claro a ele. "Devemos andar com pessoas que têm as mesmas virtudes que nós, que gostam das mesmas coisas. Aqueles que têm desvios de caráter e gostam de uma aventura um pouco mais além do que o normal para idade, não vale à pena."
Hoje meu filho é um adolescente de 15 anos. Com adolescentes temos que ter uma pouco mais de paciência e cuidado para interferir.
Infelizmente é assim mesmo.
Tento não interferir ou escolher os amigos do meu filho.
Mas sempre deixo bem claro a ele. "Devemos andar com pessoas que têm as mesmas virtudes que nós, que gostam das mesmas coisas. Aqueles que têm desvios de caráter e gostam de uma aventura um pouco mais além do que o normal para idade, não vale à pena."
Hoje meu filho é um adolescente de 15 anos. Com adolescentes temos que ter uma pouco mais de paciência e cuidado para interferir.
21/mai 13:06
23/mai 14:51
23/mai 14:25
essa
questao envolve muitos conceitos, é dificil opinar, mas mãe sabe a hora
de se impor, ser mãe de menina é uma coisa, ser mãe de menino é outro,
ou as vezes as duas coisas, tem que saber como falar , as palavras que
usar ,com os filhos, porque vc pode torna-lo uma pessoa preconceituosa, e
acabar transformando seu filho numa dessas crianças que vc nao queira
em que ele se transforme .mas nada que com muita atenção,
responsabilidade, carinho ,cheirinho, beijinhos e amor vc nao consiga
fazer, beijos no coração . e DEUS eternamente.
23/mai 14:49
23/mai 15:38
É
preciso estar sempre atento sim às amizades de seus filhos, porém
quando perceber que uma ou outra não é o ideal, acho que o importante é
conversar à respeito de forma sutil tentando mostrá-lo que determinadas
atitudes não são legais e deixar que a própria criança exergue e
decida (baseada em valores familiares que são vividos dentro de sua
casa) como se relacionar com determinados tipos de "amigos"/crianças.
Giane Andrade
23/mai 14:25
essa
questao envolve muitos conceitos, é dificil opinar, mas mãe sabe a hora
de se impor, ser mãe de menina é uma coisa, ser mãe de menino é outro,
ou as vezes as duas coisas, tem que saber como falar , as palavras que
usar ,com os filhos, porque vc pode torna-lo uma pessoa preconceituosa, e
acabar transformando seu filho numa dessas crianças que vc nao queira
em que ele se transforme .mas nada que com muita atenção,
responsabilidade, carinho ,cheirinho, beijinhos e amor vc nao consiga
fazer, beijos no coração . e DEUS eternamente.
24/mai 21:14
Escolher
ou proibir não, mas orientar, sim. Há maneiras de se conversar com os
filhos, sem querer impor com quem eles devem ter amizade. Sempre
procurei mostrar quais atitudes tanto deles como dos outros era certa ou
errada, citando exemplos e mostrando consequências de tais atitudes.
Procurei fortalecer a empatia neles, para que se colocassem no lugar dos
outros para ver a situação de outro ângulo. Hoje, meus filhos têm
amigos desde a escola primária, e todos bons rapazes, pois como em seu
artigo, foram criados por pessoas de bem. Agora, depois de 17 anos tive
uma temporã, que está com 6 anos, e enfrento novamente esta situação.
Sendo menina, parece-me que é mais complicado este fator "amizade", pois
as queixas dela são diferentes das que ouvia de seus irmãos. Mas
converso muito com ela, contando minhas experiências e de outros,
exemplificando, etc. Espero que funcione, como funcionou com os irmãos.
Mas confesso e admito, que mulher é bicho complicado ... rsrsrsrs
24/mai 01:53
25/mai 08:27
25/mai 16:06
Eu
sempre interfiro nas amizades das minhas filhas quando vejo que não são
boas, Maria Luiza de 7 anos e Julia 21anos, sempre acerto a mais velha
pq é mais difícil devido a idade, mas a pequena Maria quando vejo algo
errado vou logo afastando, ela tem amizades desde jardim com varias
amiguinhas que adoro por sinal rs... são unidas, sempre quando possível
uma vai na casa da outra, alias sempre aqui em casa, ...eu prefiro..
para que fiquem debaixo das minhas asas..
25/mai 09:45
25/mai 09:45
25/mai 08:27
Eu
sempre interferi... sempre aconselhei... sempre estive observando para
então dar a minha opinião.. Hoje, colho bons frutos. Minha casa vive
cheia dos amigos das minhas filhas, alguns desde a infância e
adolescência. A maioria me chama tia...
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