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quinta-feira, 27 de junho de 2013

Nesse local morreram literalmente centenas de milhares de pessoas: as câmaras de gás de Auschwitz

As câmaras não foram o primeiro método de extermínio em massa usado pela Alemanha nazista. Até 1941, oficiais da SS eliminavam pequenos grupos de prisioneiros em caminhões de transporte, trancando-os em caçambas seladas que recebiam monóxido de carbono do escapamento. A técnica foi adaptada a salas trancadas, onde a fumaça de caminhão foi trocada por pesticida, mais barato e eficiente. Para não serem acusados de crime de guerra, os alemães deixaram de enterrar os corpos em valas comuns e passaram a queimá-los.

Idosos, crianças, pessoas doentes ou com limitações físicas não serviam para o trabalho nos campos de concentração e eram encaminhados para essa execução. A fim de evitar o pânico, soldados e médicos diziam aos prisioneiros que eles passariam por um banho e receberiam roupas limpas para se juntar a amigos e familiares

Para não desesperar as vítimas, o veneno foi manipulado quimicamente para não emitir odor. O gás venenoso, baseado em cianeto de hidrogênio, interferia na respiração celular, tornando as vítimas carentes de oxigênio. O resultado era morte por sufocamento após crises convulsivas, sangramento e perda das funções fisiológicas. A morte era lenta e dolorosa. Em média, da inalação ao óbito, o processo durava 20 minutos

As câmaras de Auschwitz comportavam no máximo 800 pessoas de cada vez. Se houvesse lotação, quem sobrava era executado a tiros . Quando o veneno começava a fazer efeito, as pessoas se distanciavam das saídas de gás e se amontoavam nas portas. Crianças e idosos eram esmagados por causa do pânico geral, mas todos invariavelmente morriam nesses locais.

Diego Vieira

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