SEJA BEM-VINDO

Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena,
Acreditar nos sonhos que se tem,
Ou que seus planos nunca vão dar certo,
Ou que você nunca vai ser alguém...
(MAIS UMA VEZ-LEGIÃO URBANA)

sexta-feira, 28 de março de 2014

"Tenta sim. Vai ficar lindo."
Foi assim que decidi, por livre e espontânea pressão de amigas, me render à depilação na virilha. Falaram que eu ia me sentir dez quilos mais leve.

Mas acho que pentelho não pesa tanto assim. Disseram que meu namorado ia amar, que eu nunca mais ia querer outra coisa. Eu imaginava que ia doer, porque elas ao menos me avisaram que isso aconteceria. Mas não esperava que por trás disso, e bota por trás nisso, havia toda uma indústria pornô-ginecológica-estética.

- Oi, queria marcar depilação com a Penélope.

- Vai depilar o quê?

- Virilha.

- Normal ou cavada?

Parei aí. Eu lá sabia o que seria uma virilha cavada. Mas já que era pra fazer, quis fazer direito.

- Cavada mesmo.

- Amanhã, às... Deixa eu ver...13h?

- Ok. Marcado.

Chegou o dia em que perderia dez quilos. Almocei coisas leves, porque sabia lá o que me esperava, coloquei roupas bonitas, assim, pra ficar chique. Escolhi uma calcinha apresentável. E lá fui.

Assim que cheguei, Penélope estava esperando. Moça alta, mulata, bonitona.

Oba, vou ficar que nem ela, legal. Pediu que eu a seguisse até o local onde o ritual seria realizado.

Saímos da sala de espera e logo entrei num longo corredor. De um lado a parede e do outro, várias cortinas brancas. Por trás delas ouvia gemidos, gritos, conversas.

Uma mistura de Calígula com O Albergue. Já senti um frio na barriga ali mesmo, sem desabotoar nem um botão. Eis que chegamos ao nosso cantinho: uma maca, cercada de cortinas.

- Querida, pode deitar.

Tirei a calça e, timidamente, fiquei lá estirada de calcinha na maca.

Mas a Penélope mal olhou pra mim. Virou de costas e ficou de frente pra uma mesinha. Ali estavam os aparelhos de tortura. Vi coisas estranhas.

Uma panela, uma máquina de cortar cabelo, uma pinça. Meu Deus, era

O Albergue mesmo. De repente ela vem com um barbante na mão. Fingi que era natural e sabia o que ela faria com aquilo, mas fiquei surpresa quando ela passou a cordinha pelas laterais da calcinha e a amarrou bem forte.

- Quer bem cavada?

- é... é, isso.

Penélope então deixou a calcinha tampando apenas uma fina faixa da Abigail, nome carinhoso de meu órgão, esqueci de apresentar antes.

- Os pêlos estão altos demais. Vou cortar um pouco senão vai doer mais ainda.

- Ah, sim, claro.

Claro nada, não entendia porra nenhuma do que ela fazia. Mas confiei. De repente, ela volta da mesinha de tortura com uma espátula melada de um líquido viscoso e quente (via pela fumaça).

- Pode abrir as pernas.

- Assim?

- Não, querida. Que nem borboleta, sabe? Dobra os joelhos e depois joga cada perna pra um lado.

- Arreganhada, né?

Ela riu. Que situação. E então, Pê passou a primeira camada de cera quente em minha virilha Virgem. Gostoso, quentinho, agradável. Até a hora de puxar.

Foi rápido e fatal. Achei que toda a pele de meu corpo tivesse saído, que apenas minha ossada havia sobrado na maca. Não tive coragem de olhar.

Achei que havia sangue jorrando até o teto. Até procurei minha bolsa com os olhos, já cogitando a possibilidade de ligar para o Samu. Tudo isso buscando me concentrar em minha expressão, para fingir que era tudo supernatural.

Penélope perguntou se estava tudo bem quando me notou roxa. Eu havia esquecido de respirar. Tinha medo de que doesse mais.

- Tudo ótimo. E você?

Ela riu de novo como quem pensa "que garota estranha". Mas deve ter aprendido a ser simpática para manter clientes. O processo medieval continuou. A cada puxada eu tinha vontade de espancar Penélope.

Lembrava de minhas amigas recomendando a depilação e imaginava que era tudo uma grande sacanagem, só pra me fazer sofrer.

Todas recomendam a todos porque se cansam de sofrer sozinhas.

- Quer que tire dos lábios?

- Não, eu quero só virilha, bigode não.

- Não, querida, os lábios dela aqui ó.

Não, não, pára tudo. Depilar os tais grandes lábios ? Putz, que idéia. Mas topei. Quem está na maca tem que se fuder mesmo.

- Ah, arranca aí. Faz isso valer a pena, por favor.

Não bastasse minha condição, a depiladora do lado invade o cafofinho de Penélope e dá uma conferida na Abigail.

- Olha, tá ficando linda essa depilação.

- Menina, mas tá cheio de encravado aqui. Olha de perto.

Se tivesse sobrado algum pentelhinho, ele teria balançado com a respiração das duas. Estavam bem perto dali. Cerrei os olhos e pedi que fosse um pesadelo. "Me leva daqui, Deus, me teletransporta".

Só voltei à terra quando entre uns blábláblás ouvi a palavra pinça.

- Vou dar uma pinçada aqui porque ficaram um pelinhos, tá?

- Pode pinçar, tá tudo dormente mesmo, tô sentindo nada.

Estava enganada. Senti cada picadinha daquela pinça filha da mãe arrancar cabelinhos resistentes da pele já dolorida. E quis matá-la.

Mas mal sabia que o motivo para isso ainda estava por vir.

- Vamos ficar de lado agora?

- Hein?

- Deitar de lado pra fazer a parte cavada.

Pior não podia ficar. Obedeci à Penélope. Deitei de ladinho e fiquei esperando novas ordens.

- Segura sua bunda aqui?

- Hein?

- Essa banda aqui de cima, puxa ela pra afastar da outra banda.

Tive vontade de chorar. Eu não podia ver o que Pê via. Mas ela estava De cara para ele, o olho que nada vê. Quantos haviam visto, à luz do dia, aquela cena? Nem minha ginecologista. Quis chorar, gritar, peidar na cara dela, como se pudesse envenená-la. Fiquei pensando nela acordando à noite com um pesadelo. O marido perguntaria:

- Tudo bem, Pê?

- Sim... sonhei de novo com o cú de uma cliente.

Mas de repente fui novamente trazida para a realidade. Senti o aconchego falso da cera quente besuntando meu Twin Peaks. Não sabia se ficava com mais medo da puxada ou com vergonha da situação. Sei que ela deve ver mil cús por dia. Aliás, isso até alivia minha situação. Por que ela lembraria justamente do meu entre tantos? E aí me veio o pensamento: peraí, mas tem cabelo lá? Fui impedida de desfiar o questionamento. Pê puxou a cera.

Achei que a bunda tivesse ido toda embora. Num puxão só, Pê arrancou qualquer coisa que tivesse ali. Com certeza não havia nem uma preguinha pra contar a história mais. Mordia o travesseiro e grunhia ao mesmo tempo.
Sons guturais, xingamentos, preces, tudo junto.

- Vira agora do outro lado.

Porra.. por que não arrancou tudo de uma vez? Virei e segurei novamente a bandinha. E então, piora. A broaca da salinha do lado novamente abre a cortina.

- Penélope, empresta um chumaço de algodão?

Apenas uma lágrima solitária escorreu de meus olhos. Era dor demais, vergonha demais. Aquilo não fazia sentido. Estava me depilando pra quem?
Ninguém ia ver o tobinha tão de perto daquele jeito. Só mesmo Penélope. E agora a vizinha inconveniente.

- Terminamos. Pode virar que vou passar maquininha.

- Máquina de quê?!

- Pra deixar ela com o pêlo baixinho, que nem campo de futebol.

- Dói?

- Dói nada.

- Tá, passa essa merda...

- Baixa a calcinha, por favor.

Foram dois segundos de choque extremo. Baixe a calcinha, como alguém fala isso sem antes pegar no peitinho? Mas o choque foi substituído por uma total redenção. Ela viu tudo, da perereca ao cu. O que seria baixar a calcinha? E essa parte não doeu mesmo, foi até bem agradável.

- Prontinha. Posso passar um talco?

- Pode, vai lá, deixa a bicha grisalha.

- Tá linda! Pode namorar muito agora.

Namorar...namorar. .. eu estava com sede de vingança. Admito que o resultado é bonito, lisinho, sedoso. Mas doía e incomodava demais.

Queria matar minhas amigas. Queria virar feminista, morrer peluda, protestar contra isso.

Queria fazer passeatas, criar uma lei antidepilação cavada.

quinta-feira, 6 de março de 2014

http://catracalivre.com.br/sp/agenda/gratis/fotografa-registra-banheiros-femininos-ao-redor-do-mundo-desde-1978-e-resultado-pode-ser-conferido-na-galeria-lume/

Fotógrafa registra banheiros femininos ao redor do mundo desde 1978 e resultado pode ser conferido na Galeria Lume

Redação em 

por Maxi Cohen
por Maxi Cohen
Galeria Lume recebe exposição de Maxi Cohen, com fotos de banheiros femininos ao redor do mundo
Os banheiros femininos são o esconderijo favorito da fotógrafa americana Maxi Cohen. Neles, ela pode ensaiar sua espontaneidade e ser quem quiser. Em viagens ao redor do mundo, Cohen registrou diversas fotos do interior desses toaletes. Algumas delas você pode conferir na exposição “Ladies Room Around The World”, em cartaz na Galeria Lumepor tempo indeterminado. A entrada é Catraca Livre.
Desconhecido pelos homens, este universo curioso foi explorado por Cohen, que começou a considerar questões importantes: “em um mundo ainda dominado pelas palavras e ações masculinas, o que aconteceria se o silêncio da mulher fosse quebrado e a humanidade passasse a ver o que está escondido nesse discurso?”, verbaliza a fotógrafa.
As imagens foram registradas entre 1978 e 2011 e há 19 delas na exposição. Algumas você confere na galeria abaixo:
http://catracalivre.com.br/geral/design-urbanidade/indicacao/fotografa-mostra-barbie-em-situacoes-chocantes/

Fotógrafa mostra Barbie em situações chocantes

 em 

O esteriótipo de mulher perfeita da Barbie nunca agradou a fotógrafa Mariel Clayton. Em um ensaio polêmico, ela colocou a boneca, seu marido Ken e seus filhos em situações chocantes, misturando violência e sexualidade. Nas fotos de Mariel, a vida de Barbie parece estar longe de ser perfeita. Veja imagens de “Dolls”, de Mariel Clayton.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

http://catracalivre.com.br/sp/saude-bem-estar/indicacao/carreta-cirurgica-oferece-atendimento-gratuito-no-vale-do-anhangabau-vale-do-anhangabau/

Carreta Cirúrgica oferece atendimento gratuito no Vale do Anhangabaú

Redação em 

Carreta realizará exames em especialidades como urologia, dermatologia, cardiologia, ultrassonografia, oftalmologia e outras áreas

Está no Vale do Anhangabaú a primeira carreta para realização de cirurgias gratuitas, do Projeto CIES (Centro de Integração de Educação e Saúde) que faz parte do programa Hora Certa Móvel.
O veículo conta com alta tecnologia social, desde centro cirúrgico completo, sala de recuperação, sala pré-anestésica, central de material esterilizado até centro de limpeza de materiais cirúrgicos e vestiário.
A Carreta Cirúrgica do CIES conta ainda com setor administrativo, técnicos em enfermagem, enfermeiros, auxiliares, em cada turno de atendimento, além de um grupo assistencial de recepção e prontuários.
Na unidade, o paciente que recebeu encaminhamento prévio da UBS (Unidade Básica de Saúde), poderá realizar pequenas cirurgias como oftalmológicas, dermatológicas, biópsia de próstata para diagnóstico, aparelho digestivo, cirurgia de hérnia, entre outras, por meio de vários médicos das respectivas especialidades.
Horários de atendimento: 
O “Hora Certa Móvel” atende de segunda a sexta-feira, das 7h às 20h e, aos sábados, das 8h às 18h, por meio de unidades móveis já instaladas desde agosto na Zona Leste, Norte e Sul de São Paul. O programa já reduziu a fila por exames entre 80% e 90 % de acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde.

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http://catracalivre.com.br/geral/ar-livre/indicacao/piscinas-garantem-a-diversao-dos-paulistanos-nos-dias-de-calor/

Piscinas garantem a diversão dos paulistanos nos dias de calor

 em 

Divulgação
Divulgação
Clubes e parques aquáticos garantem a diversão dos paulistanos nos dias de sol.
Avenida Paulista, São Paulo. Os termômetros marcam 35 graus, anunciando a verão que chega para escaldar: são dias quentes na famosa “Selva de Pedra” que, a 70 km da praia mais próxima,  tem como alternativa piscinas e parques aquáticos espalhados pela cidade.
E se as suas expectativas para os dias de sol vão muito além de um refrescante sorvete de palito, oCatraca Livre te liberta do calorão de fritar ovo na rua e dá algumas sugestões para um “tchibum” por aí…
As opções são muitas… confira! 
O Pacaembu não é só futebol. Dentro do estádio funciona um verdadeiro complexo esportivo que atende o munícipe de forma gratuita.
São de uso gratuito no Pacaembu: piscina, realização de exame médico, quadra de futsal externa, confecção de carteirinha, ginástica, musculação, condicionamento físico, dança, práticas para 3ª idade e cooper.
Onde: Praça Charles Miller, s/nº - Pacaembu Telefone/Fax: 3664-4650
Quando: os exames médicos acontece de Terça a sexta-feira – 9h às 11:45h e das 14h às 16:45- Sábados, domingos e feriados – 9h às 11:45h.
Quanto: mais informações podem ser obtidas pelo telefone (11) 3664-4663 ou (11) 3664-4650 ou pelo e-mail: semepacaembu@prefeitura.sp.gov.br


http://catracalivre.com.br/geral/cidadania/indicacao/medico-a-paisana-oferece-tratamentos-gratuitos-a-moradores-de-rua-nos-eua/



Médico “à paisana” oferece tratamento a moradores de rua nos EUA

Redação em 

Iniciativa se tornou uma rede nacional de estudantes de medicina e voluntários

reprodução
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Jim Withers atua nas ruas de Pittsbugh desde 1992
Há mais de 20 anos, o médico Jim Withers veste roupas comuns e vai ao centro de Pittsburgh, na Pensilvânia, oferecer tratamento aos moradores de rua. A iniciativa, antes isolada, hoje faz parte de uma rede de estudantes de medicina e voluntários que prestam serviços de saúde à população de rua nos Estados Unidos, a Operation Safety Net.
Em 1992, Withers começou este trabalho, acompanhado de Mike Sallows, um ex-morador de rua. Os dois atuam juntos até hoje, levando às ruas mochilas com comida, materiais de primeiros socorros e medicamentos. Eles estimam que mais de 1.200 pessoas desabrigadas foram atendidas por ano desde o início.
Confira um vídeo sobre Jim Withers, o “médico de rua”:

Texto tocante. Pra mim, deu nó na garganta.

TODO FILHO É PAI DA MORTE DE SEU PAI

" Há uma quebra na história familiar onde as idades se acumulam e se sobrepõem e a ordem natural não tem sentido: é quando o filho se torna pai de seu pai.

É quando o pai envelhece e começa a trotear como se estivesse dentro de uma névoa. Lento, devagar, impreciso.

É quando aquele pai que segurava com força nossa mão já não tem como se levantar sozinho. É quando aquele pai, outrora firme e instransponível, enfraquece de vez e demora o dobro da respiração para sair de seu lugar.

É quando aquele pai, que antigamente mandava e ordenava, hoje só suspira, só geme, só procura onde é a porta e onde é a janela - tudo é corredor, tudo é longe.

É quando aquele pai, antes disposto e trabalhador, fracassa ao tirar sua própria roupa e não lembrará de seus remédios.

E nós, como filhos, não faremos outra coisa senão trocar de papel e aceitar que somos responsáveis por aquela vida. Aquela vida que nos gerou depende de nossa vida para morrer em paz.

Todo filho é pai da morte de seu pai.

Ou, quem sabe, a velhice do pai e da mãe seja curiosamente nossa última gravidez. Nosso último ensinamento. Fase para devolver os cuidados que nos foram confiados ao longo de décadas, de retribuir o amor com a amizade da escolta.

E assim como mudamos a casa para atender nossos bebês, tapando tomadas e colocando cercadinhos, vamos alterar a rotina dos móveis para criar os nossos pais.

Uma das primeiras transformações acontece no banheiro.

Seremos pais de nossos pais na hora de pôr uma barra no box do chuveiro.

A barra é emblemática. A barra é simbólica. A barra é inaugurar um cotovelo das águas.

Porque o chuveiro, simples e refrescante, agora é um temporal para os pés idosos de nossos protetores. Não podemos abandoná-los em nenhum momento, inventaremos nossos braços nas paredes.

A casa de quem cuida dos pais tem braços dos filhos pelas paredes. Nossos braços estarão espalhados, sob a forma de corrimões.

Pois envelhecer é andar de mãos dadas com os objetos, envelhecer é subir escada mesmo sem degraus.

Seremos estranhos em nossa residência. Observaremos cada detalhe com pavor e desconhecimento, com dúvida e preocupação. Seremos arquitetos, decoradores, engenheiros frustrados. Como não previmos que os pais adoecem e precisariam da gente?

Nos arrependeremos dos sofás, das estátuas e do acesso caracol, nos arrependeremos de cada obstáculo e tapete.

E feliz do filho que é pai de seu pai antes da morte, e triste do filho que aparece somente no enterro e não se despede um pouco por dia.

Meu amigo José Klein acompanhou o pai até seus derradeiros minutos.

No hospital, a enfermeira fazia a manobra da cama para a maca, buscando repor os lençóis, quando Zé gritou de sua cadeira:e

— Deixa que eu ajudo.

Reuniu suas forças e pegou pela primeira vez seu pai no colo.

Colocou o rosto de seu pai contra seu peito.

Ajeitou em seus ombros o pai consumido pelo câncer: pequeno, enrugado, frágil, tremendo.

Ficou segurando um bom tempo, um tempo equivalente à sua infância, um tempo equivalente à sua adolescência, um bom tempo, um tempo interminável.

Embalou o pai de um lado para o outro.

Aninhou o pai.

Acalmou o pai.

E apenas dizia, sussurrado:

— Estou aqui, estou aqui, pai!

O que um pai quer apenas ouvir no fim de sua vida é que seu filho está ali. "

(autor desconhecido - compartilhado por Elodia Roman)