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quinta-feira, 11 de julho de 2013



Após a Derrota Total dos Cruzados, Templários e Hospitalários Deram Prova de Sangue à Cruz.

Em 4 de julho de 1187, após a derrota das forças defensoras de Jerusalém por Saladino, Templários e Hospitalários deram sua última prova de fé: a vida. Embora trágico, o acontecimento timbrou a devoção religiosa e foi glorificado por diversas ordens semelhantes.

Em tela, a obra "Saladino e Guy de Lusignan após a Batalha de Hattin, em 1187", de Said Tahsine. Saladino logo depois teria ordenado a libertação de Guy de Lusignan (monarca regente de Jerusalém) e feito a famosa – e ofensiva – proposta aos soldados da Cruz.

A derradeira prova de devoção dos monges teria acontecido após a Batalha de Hattin, em 1187, em que cristãos e muçulmanos se enfrentaram pelo controle de Jerusalém. O resultado da Batalha foi um completo desastre para os defensores de Jerusalém (os cristãos): o exército foi trucidado, Guy de Lusignan (rei consorte de Jerusalém) e Reinaldo de Châtillon (poderoso líder de cavalaria) foram feitos prisioneiros – Guy seria libertado (sob condições), mas Reinaldo executado (talvez, pelo próprio Saladino). A conquista de Jerusalém seria questão de tempo (ocorrendo finalmente em 2 de outubro do mesmo ano depois de um curto cerco à cidade).

Em meio à desgraça total, um pequeno grupo de cavaleiros ainda permanecia em pé e com elevado número de sobreviventes para sua categoria, eram os Templários e Hospitalários. Dos 600 que teriam iniciado a luta, acredita-se que aproximadamente 250 teriam sobrevivido e Saladino lhes fez uma oferta testando sua devoção.

O líder curdo, Saladino, ficou conhecido – entre aliados e adversários – por sua sabedoria, serenidade e por honrar sua palavra. Foi capaz de criar laços de respeito com adversários, como Ricardo Coração de Leão (rei na Inglaterra) e Balduino IV (antigo rei leproso de Jerusalém). Contudo, apesar de misericordioso, era feroz no campo de batalha e estava bastante irritado com a violação dos termos de paz por Reinaldo de Châtillon (por isso o teria matado).

Diz-se que Saladino reuniu os Templários e Hospitalários e lhes ofertou: todo aquele que renegasse a cruz seria liberto, do contrário morreria ali mesmo (decapitado). Dos 250 monges, 250 recusaram a oferta considerada ofensiva. Todos foram mortos.

Os Templários e Hospitalários ficaram conhecidos por sua forte devoção a Cristo e incrível fúria em combate. Os Templários (Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Tempo de Salomão), sem dúvida, tornaram-se a marca registrada das Cruzadas. "Os Templários provaram ser o primeiro exemplo de uma devoção imensamente popular que se espalhou pela Europa e pelo Oriente Próximo." Sua túnica era branca com uma cruz vermelha em seu peito.

Semelhantes aos Templários, a Ordem dos Hospitalários (derivado de Hospital de São João Batista de Jerusalém), inicialmente, apenas se destinava aos cuidados de peregrinos na Terra Santa, mas logo pegaram em armas e marcharam. Sua túnica era negra com uma cruz branca em seu peito.


[LIVRO] O Imagens Históricas Recomenda: "Espadas Sacras: Jihad na Terra Santa, 1097-1291", de James Waterson: http://bit.ly/12eyEZk



Texto: Eudes Bezerra.
Administração Imagens Históricas.

Imagem: "Saladino e Guy de Lusignan após a batalha de Hattin, em 1187", de Said Tahsine. Óleo sobre tela de 1954.

Referências:

ALTMAN, Max. Sultão Saladino reconquista Jerusalém e põe fim à era das cruzadas. Disponível em: << http://bit.ly/MK3y4L >>. Acesso em: 6 jul. 2013.

ALTMAN, Max. Morre Saladino, líder da oposição islâmica aos cruzados europeus. Disponível em: << http://bit.ly/13vnnXi >>. Acesso em: 6 jul. 2013.

JESTICE, Phyllis G. História das Guerras e Batalhas Medievais. O Desenvolvimento de Técnicas, Armas, Exército e Invenções de Guerra na Idade Média. trad. Milton Mira de Assumpção Filho. São Paulo: M. Books, 2012.

ONÇA, Fábio. Monges da pesada: As ordens militares defenderam a fé cristã e a Terra Santa. Coleção Grandes Guerras. São Paulo: Abril, n. 5, p. 38-41, abr. 2005.

WATERSON, James. Espadas Sacras: Jihad na Terra Santa, 1097-1291. trad. Giancarlos Soares Ferreira. São Paulo: Madras, 2012.

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