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Ou que seus planos nunca vão dar certo,
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(MAIS UMA VEZ-LEGIÃO URBANA)

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Amizades da infância

Temos o direito de interferir na escolha dos amigos de nossos filhos?

Por Ana Kessler 21/mai 11:32
Tem uma expressão da qual eu gosto muito, que se diz quando se acaba de conhecer alguém com quem a empatia é imediata: “Esse é o meu mais novo amigo de infância”. Quer dizer que a energia entre as duas pessoas é tão boa que vai durar ou a gente espera que dure a vida toda.

Pois a Ana Bia, do alto dos seus 8 anos, tem o privilégio de possuir amizades duradouras. Pessoinhas que, como ela, não esquecem os bons momentos passados juntas. Muito pelo contrário, cultivam as lembranças e quando têm oportunidade correm uma para os braços da outra, como a Chloe e a Malu, duas queridas que ela conhece desde pequenina e que reencontrou no Rio de Janeiro, onde passamos o fim de semana. Foi uma alegria só!

A Chloe é filha de um casal de amigos meus, amicíssimos. Já a Malu foi colega desde a creche e acabei me tornando amiga da mãe dela, a Isa. Graças à ligação entre nós, mães, as filhas continuam interagindo, mesmo separadas por centenas de quilômetros, morando em cidades diferentes. Infelizmente, no dia a dia corrido a gente esquece ou não dá muito atenção ao fato de que mais importante do que ter amigos é ter bons amigos. Deveríamos estar sempre antenados para esse detalhe.

Crianças saudáveis, positivas, que riem, divertem-se, sabem dar e receber, que aprenderam a discernir o certo do errado, pois foram educadas por pessoas de bem, podem até brigar de vez em quando, mas carregam em si boas intenções. Já aquelas problemáticas ou maquiavélicas ou mesmo invejosas, sem limites, carentes de atenção e educação, que não foram bem orientadas pelos seus responsáveis ou estão abandonadas à própria sorte, criadas por babás e afins como muitas nesses tempos modernos, estas vão descontar a raiva e o desamor que sentem em outras crianças. E uma delas pode ser seu filhote.

Não acho certo uma mãe escolher as amizades do filho, pois um adulto carrega em si preconceitos que pode jogar sobre os ombros da criança e esta, em princípio inocente e pura, pode reproduzi-los inadvertidamente. Sou a favor de que a Bia explore esse campo livremente e tenha contato com todos os tipos de crianças, das mais variadas personalidades, credos, raças, classes sociais e, a partir de como se sente, escolha para ter por perto aquelas que lhe fazem feliz. Mas confesso que às vezes é difícil não interferir.

Jamais achei que, como mãe, eu me pegaria dizendo coisas como “É melhor você se afastar da Fulana, ela não é uma boa amiga”, como muitas vezes ouvi da minha própria mãe e achava um preconceito absurdo. Mas a Bia tem sofrido bullying horríveis na escola (que vou dividir aqui com vocês em outro texto) e procuro orientá-la para que repense em suas amizades ou, pelo menos, se afaste de quem a maltrata. E valorize quem a trata bem.

Amigos são a melhor parte da infância. Com eles aprendemos a dividir os brinquedos, exercitamos a humildade ao perder no jogo e a vontade de lutar para vencer na próxima vez, a respeitar as regras estabelecidas pelo grupo, a cooperar pelo bem de todos, a pensar no coletivo, a praticar a capacidade de amar e sermos amados. São os amigos que vão nos ajudar a lenta transformação do que seremos no futuro.

É fato que brincar é tão importante para a criança quanto trabalhar é para o adulto. As brincadeiras são a estrada para a evolução. Por isso, se tento não interferir nos desafetos para que a Bia aprenda a administrá-los, por outro lado dou aquela forcinha para que ela conviva com crianças do bem. Meninas como a Malu e a Chloé, que mesmo distantes, alimentam o coração da Bia com muito, muito amor.

E você, o que acha dos pais interferirem na escolha das amizades dos filhos?
 
 
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Acredito que nossos filhos na infância estão sim em formação e devemos instruí-los desde cedo a fazerem escolhas seguras, inclusive distinguir em atitudes de amiguinhos que tem desvios de caráter, dentro do contexto em que criamos nossos filhos.
23/mai 14:42
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Na infância, tive uma professora de Matemática que dizia assim: "se uma laranja podre sentar ao lado de uma laranja boa, com o tempo, vai estragar a laranja boa".
Infelizmente é assim mesmo.

Tento não interferir ou escolher os amigos do meu filho.
Mas sempre deixo bem claro a ele. "Devemos andar com pessoas que têm as mesmas virtudes que nós, que gostam das mesmas coisas. Aqueles que têm desvios de caráter e gostam de uma aventura um pouco mais além do que o normal para idade, não vale à pena."

Hoje meu filho é um adolescente de 15 anos. Com adolescentes temos que ter uma pouco mais de paciência e cuidado para interferir.  



21/mai 13:06
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Também não interfiro nas amizades de meus filhos, no entanto, já falei para eles se afastarem destas crianças mimadas e muitas vezes chatas, que querem ser "donos" dos amigos.
23/mai 14:51
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Nossa intervenção deve existir mas não para afastar nossos queridos e bem instruídos filhos das amizades que jugamos de "má influencia". Crianças "problemáticas..." precisam de ajuda e nossos queridinhos podem ajuda-los. Depende de nós.
23/mai 14:25
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essa questao envolve muitos conceitos, é dificil opinar, mas mãe sabe a hora de se impor, ser mãe de menina é uma coisa, ser mãe de menino é outro, ou as vezes as duas coisas, tem que saber como falar , as palavras que usar ,com os filhos, porque vc pode torna-lo uma pessoa preconceituosa, e acabar transformando seu filho numa dessas crianças que vc nao queira em que ele se transforme .mas nada que com muita atenção, responsabilidade, carinho ,cheirinho, beijinhos e amor vc nao consiga fazer, beijos no coração . e DEUS eternamente.
23/mai 14:49
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Nossa intervenção deve existir mas não para afastar nossos queridos e bem instruídos filhos das amizades que jugamos de "má influencia". Crianças "problemáticas..." precisam de ajuda e nossos queridinhos podem ajuda-los. Depende de nós.
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É preciso estar sempre atento sim às amizades de seus filhos, porém quando perceber que uma ou outra não é o ideal, acho que o importante é conversar à respeito de forma sutil tentando mostrá-lo que determinadas atitudes não são legais e deixar que a própria criança exergue  e  decida (baseada em valores familiares que são vividos dentro de sua casa) como se relacionar com determinados tipos de "amigos"/crianças. Giane Andrade
23/mai 14:25
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essa questao envolve muitos conceitos, é dificil opinar, mas mãe sabe a hora de se impor, ser mãe de menina é uma coisa, ser mãe de menino é outro, ou as vezes as duas coisas, tem que saber como falar , as palavras que usar ,com os filhos, porque vc pode torna-lo uma pessoa preconceituosa, e acabar transformando seu filho numa dessas crianças que vc nao queira em que ele se transforme .mas nada que com muita atenção, responsabilidade, carinho ,cheirinho, beijinhos e amor vc nao consiga fazer, beijos no coração . e DEUS eternamente.
24/mai 21:14
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Escolher ou proibir não, mas orientar, sim. Há maneiras de se conversar com os filhos, sem querer impor com quem eles devem ter amizade. Sempre procurei mostrar quais atitudes tanto deles como dos outros era certa ou errada, citando exemplos e mostrando consequências de tais atitudes. Procurei fortalecer a empatia neles, para que se colocassem no lugar dos outros para ver a situação de outro ângulo. Hoje, meus filhos têm amigos desde a escola primária, e todos bons rapazes, pois como em seu artigo, foram criados por pessoas de bem. Agora, depois de 17 anos tive uma temporã, que está com 6 anos, e enfrento novamente esta situação. Sendo menina, parece-me que é mais complicado este fator "amizade", pois as queixas dela são diferentes das que ouvia de seus irmãos.  Mas converso muito com ela, contando minhas experiências e de outros, exemplificando, etc. Espero que funcione, como funcionou com os irmãos. Mas confesso e admito, que mulher é bicho complicado ... rsrsrsrs
24/mai 01:53
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É muito mais fácil evitar do que enfrentar o problema. Diferente do que aprendi com meus pais hoje ensino meus filhos a ajudar os amigos que nós pais julgamos de "má influencia" a melhorarem seus hábitos e comportamentos.
25/mai 08:27
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Eu sempre interferi... sempre aconselhei... sempre estive observando para então dar a minha opinião.. Hoje, colho bons frutos. Minha casa vive cheia dos amigos das minhas filhas, alguns desde a infância e adolescência. A maioria me chama tia...
25/mai 16:06
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Eu sempre interfiro nas amizades das minhas filhas quando vejo que não são boas, Maria Luiza de 7 anos e Julia 21anos, sempre acerto a mais velha pq é mais difícil devido a idade, mas a pequena Maria quando vejo algo errado vou logo afastando, ela tem amizades desde jardim com varias amiguinhas que adoro por sinal rs... são unidas, sempre quando possível uma vai na casa da outra, alias sempre aqui em casa, ...eu prefiro.. para que fiquem debaixo das minhas asas..
25/mai 09:45
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ELIANE CHAVES

EU TENTO NÃO ME INTERFERIR , POIS CONVERSO E PEÇO PRA ELA MESMA TENTAR DISTINGUIR  APENOS APONTO E  PEÇO PRA QUE ELA PARE  E PENSE SE AQUELA DETERMINADA AMIZADE ESTAR TE FAZENDO BEM. SE NÃO ENTÃO ...
25/mai 09:45
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ELIANE CHAVES

EU TENTO NÃO ME INTERFERIR , POIS CONVERSO E PEÇO PRA ELA MESMA TENTAR DISTINGUIR  APENOS APONTO E  PEÇO PRA QUE ELA PARE  E PENSE SE AQUELA DETERMINADA AMIZADE ESTAR TE FAZENDO BEM. SE NÃO ENTÃO ...
25/mai 08:27
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Eu sempre interferi... sempre aconselhei... sempre estive observando para então dar a minha opinião.. Hoje, colho bons frutos. Minha casa vive cheia dos amigos das minhas filhas, alguns desde a infância e adolescência. A maioria me chama tia...
 

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